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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

"A Morte de um Apicultor" de Lars Gustafsson

Não posso dizer que este livro me manteve num registo constante e numa leitura apaixonada em todas as suas páginas mas posso afirmar que teve em mim um efeito devastador. Por isso gostei e não gostei ao mesmo tempo.

Perdi-me nalgumas situações. Houve um capítulo que não fez sentido para mim. Deveria relê-lo certamente. Ao livro todo, quero dizer. É pequeno, bastam duas horas mais ou menos.
A parte que gostei? Aquela que me senti mais devastada. Tolhida, apertada, com o coração apertado. Lars Westin está a morrer. De cancro. No entanto, quando recebe uma carta do hospital, certamente com o diagnóstico, decide não a abrir...

O narrador apresenta-nos a história, os cadernos que Lars escreveu e que foram encontrados e despede-se: já não precisa de estar nela. Achei original este começo. A história é contada pelo próprio Lars, num registo entre o que sente, a sua dor e as suas vivências do seu passado.

E pronto. O fim é o que se espera mas não deixa de ser abrupto. Como a morte.

Terminado em 30 de Outubro de 2015

Estrelas: 4*+

Sinopse

Lars Westin está a morrer; embora se recuse a ler a carta enviada pelo hospital, que confirma o seu diagnóstico, ele sabe que tem cancro e que não irá viver até ao final da primavera seguinte.
Não aceita, porém, entregar o tempo que lhe resta ao espaço impessoal de um hospital, preferindo tomar o controlo do seu próprio destino e prosseguir com a sua vida solitária e reflexiva. Abandona a carreira de professor e inicia uma nova vida como apicultor. Prescindindo de qualquer tratamento médico, Lars continua a sua vida simples e recolhida, na sua casa de campo, em pleno cenário rural sueco.
Esta é uma história sobre a vida, em particular a vida que antecede a morte. É sobre como, com a linguagem, se esconde a verdade. É sobre a forma como a dor pode revelar o nosso verdadeiro eu.
A Morte de Um Apicultor é uma obra-prima da literatura mundial de um dos mais consagrados escritores vivos.

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