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terça-feira, 18 de agosto de 2015

"A Eterna Demanda" de Pearl S. Buck

O prefácio deste livro faz uma incursão na vida desta escritora tão conhecida pelo seu romance "Terra Bendita". A Eterna Demanda, terá sido, segundo o seu filho, o romance que Pearl Buck tinha em mãos quando da sua morte em 1972 mas que, por contingências várias, andou desaparecido e só foi recuperado em 2012, tendo sido terminado pelos seus descendentes, que tentaram colmatar a parte que faltava com aquilo que pensavam ser o seu estilo.

Com uma enorme e vasta obra, Pearl, mais uma vez, encanta o leitor. Posuidora de uma escrita segura, envolvente e mágica, fiquei completamente enredada na história de Rann, um menino que possui uma tal ânsia de saber que o impulsiona e o move para fora de portas. O mundo é a sua casa e, desde o interior da barriga de sua mãe, Rann quer comquistar e saber tudo o que há para ser conquistado. TUDO.

Tendo sempre por companhia uma enorme solidão, Rann, contudo, não está só. Acompanha-o uma sede de saber, uma memória extraordinária que o leva a questionar tudo e todos. A sua vida é uma eterna demanda. Primeiro prente saber tudo no menor tempo possível. Depois pretende encontrar-se, saber o que vai querer ser na vida. Daí a saber que quer ser escritor vai um passo muito longo, misturado com aquilo que a vida lhe oferece: conhecimento mas também dor. Cresce e aprende a uma velocidade estonteante. Falaríamos, hoje, de uma criança sobredotada, com uma sede deconhecimento inesgotável.

Confesso que estava à espera de notar, nesta obra, dois estilos diferentes. O primeiro, escrito pela autora, e depois uma segunda parte, continuada pelos seus herdeiros. Não notei. Ainda bem. Talvez, se Pearl a tivesse acabado, esta obra não terminasse assim... Mas creio que dentro do possível e para que não se desvirtue o que ela escreveu, o final foi bem conseguido!

Recomendo! 

Terminado a 12 de Agosto de 2015

Estrelas: 5*+

Sinopse


Sou suficientemente americana, talvez, para querer casar-me contigo passando por cima de tudo aquilo que sou, mas, ai de mim, chinesa que baste para saber que devo ponderar.
Que pode o conhecimento dos livros contra a experiência íntima da vida? Randolph, jovem de extraordinária criatividade, parece ter um destino traçado para o êxito. Nascido nos Estados Unidos, parte pela Europa e Ásia com o desejo de descobrir o mundo vivendo-o, numa sede interminável de sabedoria.
Numa estadia em Paris, o seu caminho cruza-se com o de Stephanie. Filha de pai chinês e mãe norte-americana, também ela procura compreender e encontrar um lugar que seja seu, dividindo-se entre duas culturas aparentemente opostas. Separados durante longos intervalos e assim entregues aos seus fantasmas pessoais, preparam-se os dois para descobrir que se pode conciliar o conhecimento e a experiência, bem como as heranças ocidental e oriental, mas isso terá um preço…

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