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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

"O Cemitério dos Amores Vivos" de Jorge Araújo

Fiquei um pouco triste quando terminei este livro. Angustiada, talvez seja a palavra certa. Leitura para um dia de domingo caseiro, necessitei de ir anotando os livros que são referidos pelo personagem principal e que ficaram na "wish list" para mais tarde procurar, tal era a abundância de referências... 

É um livro muito forte em termos de sentimentos. Um pai conta-nos como se viu afastado do seu filho por ser acusado de pedofilia pela própria mulher. Nunca recuperou da injustiça, nunca desistiu de amá-lo mesmo que à distância. Os seus sentimentos estão ao rubro quando nos conta a sua história. Também ao rubro, mas infelizmente cheio de ódio, está o filho que, a pretexto de vir entregar uma carta da mãe, o acusa de abandono.

No meio deste intenso amor/ódio estão vários apontamentos de livros que pertencem ao pai e da paixão pela leitura que ambos partilham. Uma delícia para o leitor!

Estava à espera de outro final. Quase fiquei zangada com o autor! Mas nestas coisas dos livros isso acontece muitas vezes... Não deixo, porém, de conselhar esta leitura. Sentimos uma empatia imediata pelo personagem principal, tal é a forma como explode de amor por esse filho que cresceu longe de si.

Leiam!

Terminado em 15 de Fevereiro de 2015

Estrelas: 4*

Sinopse

Este livro é uma obra dura e intensa, capaz de suscitar sentimentos tão díspares como o ódio, a culpa, o perdão e a esperança. Trata-se da história de um amor incondicional e de um ódio sem limites. Do amor de um pai pelo filho, do ódio de uma mulher abandonada que faz do filho arma de destruição. Destruição do pai.
Nestas páginas, caminha a dor sem tréguas de um pai privado do filho, a força avassaladora desse inferno. Segundo a ordem natural das coisas, são os filhos que enterram os pais e não o contrário. Como é possível um pai enterrar um filho que respira? Onde fica o cemitério dos amores vivos?

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