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segunda-feira, 2 de junho de 2014

"Sou Autista" de Josef Schovanec

Fiquei de imediato interessada nesta leitura mal li o título deste livro. Saber que foi escrito por alguém que tem o Síndrome de Asperger, fez-me preterir as outras (tantas!) leituras que tenho pendentes em favor desta.

Confesso que esperava saber mais sobre alguns aspectos da vida do autor de uma forma mais romanceada. Gosto de saber mais sobre um assunto sem me dar conta dessa aprendizagem mas, e porque ele faz, de quando em quando, uma abordagem sobre os problemas e dificuldades que ele sentiu, isso é rapidamente colmatado.

Já tenho reflectido sobre a importância de um diagnóstico rápido e certeiro e a vida de Josef é um exemplo que como as coisas não devem acontecer... Sofrendo de um autismo especial, o Sindrome de Asperger, só muito tarde é que essa doença lhe foi diagnosticada. Esteve praticamente metade da sua vida (nasceu em 1981) sem disso ter conhecimento. Pior, foi tratado como esquisofrénico, com medicamentos fortíssimos que o deixavam amorfo e catatónico.

Possuindo uma motricidade muito pouco apurada e poucas competências sociais é com dificuldade que arranja amigos. Passa uma infância solitária e é frequentemente alvo de gozo e bulling por parte dos seus colegas. Os livros são a sua praia e o conhecimento uma fonte inesgotável de prazer.

Foi com muito prazer, também, que li este livro verificando que Josef consegue ultrapassar situações que para alguns são simples mas que para ele são uma fonte de angústia, paralizantes até.

Um livro muito bem escrito, deixando transparecer o quanto a mente do escritor é espectacular!

Terminado em 29 de Maio de 2014

Estrelas: 4*+

Sinopse

«Vivo com o autismo», escreve o autor, sublinhando aquilo que considera mais como uma qualidade do que como uma deficiência.
Viajante apaixonado pelas civilizações antigas, conferencista e investigador universitário, Josef Schovanec domina uma dezena de línguas e possui um doutoramento em filosofia – e, no entanto, foi por pouco que, sem diagnóstico estabelecido, conseguiu evitar o internamento psiquiátrico.
Josef recusa os atributos que lhe dão: os de um autista «genial», com capacidades intelectuais extraordinárias. Em vez disso, evoca, com humor e sensibilidade, os «pequenos» problemas que constituem o dia a dia de um autista Asperger. Desde as longas preparações necessárias para apanhar o metro ou comparecer a um encontro até à angústia que o invade quando o telefone começa a tocar, passando pelo pânico perante o menor imprevisto, a obsessão por bibliotecas e livros e também a dificuldade em compreender os códigos sociais ou em estabelecer relações de amizade clássicas.

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