Gosta deste blog? Então siga-me...

Também estamos no Facebook e Twitter

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Terra abençoada de Pearl S.Buck


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 352
Editor: Clube do Autor
ISBN: 9789898452504

Imaginem-se na China, no reinado do último imperador!
Usos e costumes de uma cultura tão diferente da nossa, intercalam-se com a história de uma família de lavradores e suas gerações futuras.


A posse da terra, fonte de riqueza e poder mas também de invejas, lutas e fome, está no cerne desta história. É em torno dela que giram os personagens, personagens esses muito bem construídos psicologicamente, dentro dos parâmetros culturais da época. 


Confesso que li certas partes com alguma revolta sobretudo no que concerne à consideração (ou melhor, a falta dela) com que eram tratadas as mulheres, mas é precisamente aí que se observa a escrita verdadeiramente real desta escritora. As mulheres eram consideradas seres inferiores, denominadas "escravas" e como tal tratadas. Os seus gostos e vontades não importavam. 


Muito bom! Recomendo esta leitura. Aprende-se e cresce-se com ela.


Terminado em 8 de Dezembro de 2011

Estrelas: 5*

Sinopse

No reinado do último imperador da China, uma criada casa com um homem humilde. Juntos dão início a uma família e encetam uma viagem épica, envolvente e inesquecível. O-lan é uma criada na maior casa da aldeia. Quando casa com Wang Lung, um humilde agricultor, labuta arduamente ao longo de quatro gravidezes pela sobrevivência da sua família. Ao princípio, as recompensas são poucas, mas o trabalho é fonte de esperança e há sustento na terra. Até a fome chegar e mudar a vida de todos. Obrigada a fugir ou a morrer de inanição, a família chega à grande cidade do Sul, juntando-se a milhares de outros camponeses que mendigam pelas ruas. Tudo parece perdido, até que a boa sorte e a determinação de O-lan conjuram-se para os levar de volta a casa com uma riqueza inimaginável


Pearl S. Buck

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1938

Escritora norte-americana, Pearl Sydenstricker Buck nasceu a 26 de junho de 1892, em Hillsboro, no estado da Virgínia Ocidental. Filha de um missionário que dedicou muitos anos de vida à tradução da Bíblia da língua grega para a chinesa, Pearl Buck passou, em consequência, a sua infância na China. Educada pela mãe e por um professor particular chinês, estudioso do confucionismo, aprendeu este idioma antes de poder falar inglês. 
Em 1907 foi enviada para um colégio interno em Xangai, onde estudou até 1909. Seguiu-se um período em que colaborou com uma associação de refúgio e apoio a prostitutas e escravas sexuais chinesas. Viajou depois para os Estados Unidos da América, com o intuito de prosseguir a sua educação, estudando Psicologia no Randolph-Macon Woman's College da Virgínia.
Tendo recebido o seu diploma em 1914, regressou à China para ocupar o cargo de professora numa missão presbiterana, mas a sua mãe adoeceu gravemente, pelo que Pearl Buck teve que passar dois anos a cuidar dela. Quando esta conseguiu recuperar, Pearl Buck foi viver com o Dr. John Lossing Buck, um agrónomo com quem tinha casado pouco tempo antes, para uma aldeia no Norte da China. 
Passou então a trabalhar com o marido, viajando pelas áreas rurais como sua intérprete e desempenhando também as funções de professora. O casal mudou-se para Nanquim no início da década de 20, onde Pearl Buck trabalhou como professora universitária das cadeiras de Literatura Inglesa e Norte-Americana. 
Em 1924 regressou aos Estados Unidos da América, em busca de auxílio médico especializado para a sua filha mais velha que sofria de um atraso mental. Recebeu a licenciatura em Literatura pela Universidade de Cornell em 1926. O casal tornou à China no ano seguinte, mas teve que ser evacuado pouco depois para o Japão, em consequência da eclosão da Guerra Civil Chinesa. 
Em 1930 publicou o seu primeiro romance, East Wind: West Wind, modestamente acolhido pela crítica. Seguiu-se-lhe The Good Earth (1931), romance original por conseguir conciliar uma prosa de tom bíblico com a estrutura das sagas narrativas chinesas. A obra seria vencedora de um Prémio Pulitzer, e tornada em filme em 1937. 
Em 1935 divorciou-se do primeiro marido para casar com o seu editor, Richard Walsh, com quem foi viver para a Pennsylvania. No ano seguinte, foi nomeada membro do Instituto Nacional das Artes e Letras norte-americano. Em 1938 tornou-se a primeira mulher norte-americana a ser alguma vez galardoada com o Prémio Nobel. 
Em 1939 publicou The Patriot, obra em que a autora deixava transparecer a sua desilusão quanto à possibilidade de cooperação entre os povos. Optou por se orientar para uma vertente mais humana, lutando pelos direitos e melhoria das condições das crianças asiáticas, muitas delas fruto de relações entre ocidentais e asiáticas, e assim estigmatizadas e abandonadas. Assim, dedicou algumas obras a essas relações inter-raciais, como The Angry Wife (1949) e The Hidden Flower (1952). Pearl Buck e o seu marido empreenderam esforços em favor de causas humanitárias, que culminaram com a criação da Fundação Pearl Buck. 
Após a morte de Richard Walsh, Buck deu início a uma relação com Ted Harris, um professor de dança cerca de quarenta anos mais jovem, e que veio a tomar conta da Fundação Pearl Buck. 
A autora faleceu a 6 de março de 1973, em Danby, no estado do Vermont. Pearl S. Buck. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.

7 comentários:

  1. Confirmo. Adorei todas as obras que li dela. Oxalá tivesse tempo de as reler. Vale realmente a pena.
    helena frontini

    ResponderEliminar
  2. Adorei este livro! Já o tinha há uns anos, arrumado na estante... No Verão passado decidi pegar-lhe... Que livro extraordinário! Tenho de comprar o livro que faz o seguimento da história... Quem não leu, não deixe de o fazer!

    ResponderEliminar
  3. Também estou como tu Helena, gostava de poder reler os livros dela.
    Anónimo, não sabia que este livro tinha continuação!!! Vou pesquisar.

    ResponderEliminar
  4. Cris, esse livro no Brasil foi publicado com o nome de A Boa Terra, faz parte de uma trilogia. O segundo volume chama-se Os Filhos de Wang Lung e o terceiro A Casa Dividida. Beijo

    ResponderEliminar
  5. Fadinha, ainda não vi se cá em Portugal os volumes seguintes também têm titulos diferentes... vou ver, bjinho!

    ResponderEliminar
  6. Sensacional, a Boa Terra e o primeiro da trilogia, nao li o livro, bebi... estou agora atras dos dois restantes!!!

    ResponderEliminar
  7. Sensacional, li agora a Boa Terra o primeiro da trilogia e estou atras dos outros, terei que ler on'line embora ame estar com o livro entre as maos, e tao reconfortante...

    ResponderEliminar