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terça-feira, 18 de novembro de 2014

"Os Sonhos Que Tecemos" de Kate Alcott

Que bom que foi abrir estas páginas e sentir-me de imediato dentro desta história! Adoro quando isso me acontece!

Fui para um ambiente que senti real e ao terminar verifiquei que a autora pegou em acontecimentos verídicos sobre um assassínio em 1832, em Nova Inglaterra, de Sarah Cornell, uma operária textil e mesclou-os (muito bem, devo dizer-vos) com a sua imaginação. O resultado foi um romance que se lê compulsivamente, de uma escrita clara e concisa que nos transporta para um mundo desconhecido por muitos, o das operárias texteis e as suas parcas condições de trabalho, com 13 horas diárias de trabalho, a inalar o ar cheio de particulas de algodão, funcionando com máquinas perigosas e sem segurança que colocavam muitas vezes as suas vidas em risco.

A contrapartida? Uma ilusória liberdade e auto-suficiência.
Seguem-se tentativas de greve, a morte devido à inalação sistemática de algodão, a luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e um romance (claro está!) entre uma menina da fiação e o filho do patrão. Gostei muito e li num ápice este livro!

A capa não atrai, embora o título e a sinopse sejam adequados. Recomendo!

Terminado em 16 de Novembro de 2014

Estrelas: 5*

Sinopse

Alice Barrow desafia todas as convenções ao abandonar o mundo rural e tacanho onde nasceu. Numa época em que as mulheres são cidadãs de segunda categoria, o seu emprego na fiação da família Fiske é um passo importante rumo à emancipação. As "meninas da fiação" trabalham longas horas em condições precárias mas a alegria que as une é completamente nova para ela. Um dia, até dá por si a cometer a "extravagância" de celebrar o seu primeiro salário com a compra de um chapéu. É apenas um objeto mas vai ganhar a força de um talismã.
Inadvertidamente, Alice capta a atenção de Samuel Fiske, filho do dono da fábrica. Samuel é um enigma. Frio e impenetrável, tem o condão de contrariar frequentemente a própria família. O seu fascínio por Alice é a derradeira afronta aos pais e à ordem social. Será amor ou mero capricho?
O teste aos seus sentimentos será abrupto. Quando uma jovem muito especial aparece morta, toda a hierarquia de poder é posta em causa. O que se segue é um eco da luta ancestral entre ricos e pobres, poderosos e oprimidos. Apenas os mais determinados conseguirão vingar. Apenas um amor verdadeiro poderá sobreviver.

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