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segunda-feira, 21 de julho de 2014

"Um Grito de Socorro" de Casey Watson

Sei que muitos leitores não apreciam este tipo de leitura. Ou por se tratar de histórias de alguma rudeza e violência, por ter crianças envolvidas, "and so on"...

Gosto de as ler por essas razões precisamente mas, sobretudo, porque, muitas delas, possuem na sua génese uma história verídica. Mas seria um pouco mórbido se os meus gostos ficassem por aqui... Gosto verdadeiramente de as ler porque, por detrás da história, encontramos pessoas que lutam para que essas crianças tenham a vida que deveriam ter, que superem o seu passado. Muitas das vezes, como é o caso deste livro, a autora escreve o que vivenciou.

Casey Watson é uma mãe de acolhimento de crianças "em fim da linha", ou seja, de crianças que devido aos seus graves problemas estão sujeitas a ir para reformatórios e organismos afins. É um acolhimento que envolve também a sua família, seu marido, seus filhos e neto. Sem descurar esses seus amores, Casey tenta integrar Sophiauma criança de apenas 12 anos, e orientá-la. Tarefa difícil quando lida com situações difíceis provocadas pela vivência dura de Sophia e da doença que sofre, a Doença de Addison.

Independentemente da veracidade da história, que nos remete para profundos pensamentos, gostei da forma como o factor mistério nos deixa inquietos e nos faz ler o livro muito rapidamente. Como estou de férias pude devorá-lo num dia só.

Muitos factos que se nos insinuam nesta história ficam por revelar. Não achei importante, embora gostasse de os ver esclarecidos (um deles diz respeito ao acidente que vitimou a mãe de Sophia). Ás vezes a vida é mesmo assim: não há só branco e preto. O cinzento, a cor da incerteza, também lá está. Temos de saber viver com ele.

Gostei muito e recomendo.

Terminado em 16 de Julho de 2014

Estrelas: 5*

Sinopse

Quando Casey Watson recebe Sophia no âmbito do programa de acolhimento, imediatamente se apercebe de que algo não bate certo. O comportamento de Sophia é inconstante e manipulador e a jovem está habituada a conseguir tudo o que quer, reagindo violentamente quando a contrariam. Parece só ter olhos para os homens da família de acolhimento e trata as mulheres com insolência. À medida que o tempo passa, Casey apercebe-se de que este comportamento esconde uma infância repleta de dor e abusos. Mas, quando as explosões violentas de Sophia começam a ameaçar a integridade física dos membros da família, Casey pergunta-se se será a pessoa certa para ajudar esta menina profundamente perturbada.

1 comentário:

  1. «Ás vezes a vida é mesmo assim: não há só branco e preto. O cinzento, a cor da incerteza, também lá está. Temos de saber viver com ele» - bem verdade!

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