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domingo, 30 de junho de 2013

Ao Domingo com... Luís Miguel Rocha


Podia dizer que escrevo os livros que gostava de ler, ou de ter na prateleira da minha biblioteca, mas isso parece-me muito presunçoso e, ao mesmo tempo, um pouco afastado da realidade. Escrevo porque leio. Penso que quando se lê muito acaba por ser o passo natural. Escrevo também para responder às minhas próprias dúvidas e perguntas.

A forma como escrevo é muito sensorial. É quase como ler com a diferença de que tenho de escrever se quiser saber como continua a história… literalmente.

Quando parto para a escrita propriamente dita, já conheço todos os factos históricos, não voltarei a ler sobre eles. As personagens têm como missão contar a história aos leitores e a mim. Nunca sei como o vão fazer. É um mistério. No meu género isso pode ser problemático, pois é difícil escrever sobre personagens que têm a sua própria agenda. Acho que elas conspiram contra mim… as personagens. Têm o seu próprio plano e não estão interessadas em contar-mo. É como uma luta pela sobrevivência em que cada um vive por si, ainda que, simultaneamente, estejam todos unidos contra quem escreve as suas vidas. É um desespero.

Num enredo tão intrincado, ligado por todos os lados, com histórias que vivem aparentemente separadas mas hão-de unir-se algures, é um exercício louco escrever da forma que escrevo, mas já dizia Rubem Fonseca que os escritores têm uma dose muito grande de loucura. Penso que ele tem razão.

Luis Miguel Rocha

Na minha caixa de correio

    
 

sábado, 29 de junho de 2013

Um Livro numa Frase




"Como fazem os livros a sua magia? Como estabelecem eles uma relação tão estreita entre os leitores e as suas personagens que nos tornamos nessas personagens, à medida que vamos lendo?"
In "O meu ano mágico", Nina Sankovitch, pág. 174
Frase escolhida por Cris

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Passatempo 3º Aniversário / Alphabetum





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Passatempo 3º Aniversário / Planeta




 




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Passatempo 3º Aniversário / Chiado Editora







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Passatempo 3º Aniversário / Matéria-Prima









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Passatempo 3º Aniversário / Edições Vieira da Silva



 


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Passatempo 3º Aniversário / Quinta Essência





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Passatempo 3º Aniversário / Bizâncio







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Passatempo 3* Aniversário / Topseller







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Passatempo 3º Aniversário / Esfera dos Livros






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Passatempo 3º Aniversário / Alfarroba



 


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Passatempo 3º Aniversário / Europa-América




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Passatempo 3º Aniversário / Editorial Presença




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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Novidades Esfera dos Livros


Os Inocentes de David Baldacci

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 436
Editor: Clube do Autor
ISBN: 9789897240553


Gosto de variar as minhas leituras e já estava bem na hora de pegar num policial! E gostei! Tem acção e suspence q.b. O livro que li anteriormente tem um registo completamente diferente e fiquei curiosa em saber como se sairia o autor com livro policial... Saiu-se bem, muito bem mesmo!

O personagem principal, um assassino profissional a mando de entidades governamentais, surge-nos com uma personalidade fria, solitária, implacável e não conquistou o meu amor logo à primeira vista... Aliás, no princípio, não se percebe bem para quem é que ele trabalha nem sequer se pertence aos "bons", o que fez com que iniciasse esta leitura de um modo um pouco céptico. Porque é suposto que este lado vença, não?

Mas, pouco depois, a leitura faz-se rapidamente. Os capítulos curtos ajudam. A acção não pára. Os mistérios são múltiplos e deixam o leitor intrigado e preso à trama. Uma conspiração política internacional que alia uma inteligente jovem fugitiva adolescente e um homem solitário, habituado a matar e que, aos poucos, se vai prendendo aos laços que se vão criando entre eles. Um sentimento novo, o de ter alguém indefeso dependente de si apodera-se dele e a amizade surge nestes dois seres que pouco têm em comum.

Robie e Julie aliam-se e é uma verdadeira corrida contra o tempo e contra assassinos que desconhecemos por completo. As pistas para o leitor são escassas o que nos impede sequer de dar palpites sobre quem quer ver esta dupla morta. Nada é o que parece e o perigo espreita a cada momento não deixando ao leitor momentos para respirar! Muito bom!

Terminado em 23 de Junho de 2013

Estrelas: 4*+

Sinopse

Os Inocentes é um livro viciante — tem cenas repletas de ação, personagens dinâmicas e complexas e a dose certa de sedução e mistério — que, no final, vai deixar o leitor a questionar os seus próprios valores.
Esta é a história de uma amizade que luta pela sobrevivência numa conspiração que atinge as grandes esferas do poder. Ao longo destas páginas encontramos um assassino com uma missão especial e uma jovem em fuga cuja sobrevivência depende da cooperação entre ambos.

Novidade Oficina do Livro


Um Pouco Mais de Fé
de Patrícia Costa Dias


“É no mais escuro de nós mesmo, no sítio onde reside o medo, a culpa, a vergonha, a agressividade, que podemos encontrar a vontade de aceitar, perdoar e seguir em frente. Um acreditar que vai ficar tudo bem, mesmo depois de me revelar”.

Verídica e contada na primeira pessoa, Um Pouco Mais de Fé é uma história de sofrimento (distúrbios alimentares), fé e amor.
Quando uma jovem se vê imersa num comportamento compulsivo totalmente fora de controlo, os pensamentos de suicídio instalam-se, misturados com uma veia cínica perante a sociedade. Ao ser apanhada em flagrante pela família, a opção da morte torna-se verdadeiramente clara.
Afinal, como viver sem a máscara de «linda menina», de «boazinha», que todos pensavam que era? Como revelar não ser uma força da natureza, mas tão-só humana, com erros cometidos e segredos terríveis por revelar? Nos reveses de fugazes encontros, duas conversas inusitadas e repletas de mistério, cinco desejos lançados a Deus numa igreja que nem conhecia e uma viagem longa e confusa marcam o início de uma lenta mudança que tem lugar entre amores, desamores e personagens caricatas. E no meio de todos eles estará aquele chuvoso dia de Novembro, aquela sala suada e abafada que ela jamais esquecerá.

O leitor não ficará indiferente a este convite para partilhar uma vida que poderia ser a sua, a de um filho, familiar ou amigo. Porque nunca conhecemos realmente as pessoas, mas apenas aquilo que elas nos permitem conhecer… 


Novidade Matéria-Prima


O Amor Fez-te Regressar do Céu
de Arielle Ford

Depois do sucesso de Alguém no Céu Gosta de Si, Arielle Ford apresenta um novo livro com dezenas de histórias invulgares, místicas, divinas que aconteceram a pessoas comuns.
São relatos de pessoas que contactaram com os entes queridos depois da sua morte, de experiências místicas, de coincidências reveladoras e de momentos em que a presença de Deus foi inegável.

Em O Amor Fez-te Regressar do Céu, são partilhados milagres e provas de que o outro lado existe: é lá que se encontram os que mais amamos quando partem, e é de lá que olham por nós, com o mesmo amor de sempre.

Novidade Oficina do Livro



MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO – UMA VIDA INVULGAR
de Maria João da Câmara


Maria José Nogueira Pinto, gostava da política, mas detestava a negociação permanente que esta exigia, os compromissos, os jogos de bastidores.
“Gostava do poder para fazer, mas detestava estragar relações de amizade a troco do «nada» que era a disputa política ou partidária, a intriga. Não tinha inimigos, mas, como dizia, tinha adversários. E era uma adversária de peso. As suas «fúrias homéricas» são descritas pelos mais próximos, e ela mesma admitia que o seu pior defeito era a ira.”
Para traçar o percurso de vida pública de Maria José Nogueira Pinto, a autora contou com os depoimentos, sugestões e correcções da família Nogueira Pinto: Jaime, Eduardo, Catarina, Teresa, Maria José Pinto da Cunha, Maria João e Maria da Assunção Avillez. Também falou com alguns amigos próximos e com algumas das pessoas que com ela trabalharam directamente, mas também com jornalistas e políticos.

Novidade Presença


A Última Fugitiva
de Tracy Chevalier
A Última Fugitiva é um romance vibrante sobre os tempos que antecederam a guerra civil norte-americana e a abolição da escravatura. Passa-se no Ohio rural, na década de 1850. Honor Bright é uma jovem quaker de Dorset que parte para a América em busca de uma nova vida. Cedo toma contacto com o Underground Railroad, um movimento de pessoas que ajudam os escravos negros a fugir para norte em busca da liberdade, uma causa a que os quakers eram muito sensíveis. Tracy Chevalier entretece com entusiasmo e beleza a história dos quakers pioneiros e a dos escravos fugitivos, revelando o espírito e a coragem de homens e mulheres comuns que tentaram fazer a diferença, desafiando até as suas próprias convicções mais profundas.  

Para mais informações, ver Editorial Presença, aqui!

Novidade Porto Editora


A Dama do Retrato
de Maeve Haran
Quando chega à corte da Restauração, Frances Stuart, de apenas dezasseis anos, depressa descobre que tanto a sua beleza como a sua inocência são altamente prezadas  – invejadas pelas damas e cobiçadas pelos cavalheiros. O rei Carlos II, loucamente apaixonado por ela, está disposto a tudo para a tornar sua amante. Mas Frances não é apenas um rosto bonito, ela está determinada a fazer as suas próprias escolhas de vida, e a conquistar o homem que ama.
Conseguirá ela escapar às armadilhas resultantes da obsessão do monarca, dos ciúmes da rainha, e da maldade da amante mais influente do rei e levar a sua avante?
Tendo como pano de fundo a Grande Praga e o Grande Incêndio de Londres,  A  Dama do Retrato  é a imagem vívida da vida na decadente corte de Carlos II e da coragem de uma mulher que luta pelo seu próprio destino.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Escritores na Cozinha... com Cláudia Santos


Frango em molho de cebola, com arroz de agriões e tomate no formo


Esta é uma refeição muito apreciada cá por casa.

O frango, aprendi a fazer com a minha cunhada Fátima. Os tomates são inspiração dos muitos minutos a observar o Jamie Oliver na televisão. O arroz é uma herança da minha avó. É, portanto, uma mistura de influências, um reflexo de quem sou.

Frango em molho de cebola:
Numa travessa, colocar as pernas de frango. Deitar por cima a sopa de cebola e regar abundantemente com água. Levar ao forno (200º durante 40 minutos). Deixar a pele tostar para ficarem mais saborosas.


Arroz de agriões:
Num tacho refogar cebola picada com azeite. Uma vez a cebola amolecida, juntar cenoura cortada aos quadradinhos e os agriões. Envolver e deixar refogar em lume brando. Assim que a cebola começar a ganhar cor e a cenoura e os agriões comecem a ficar amolecidos, juntar o arroz e envolver deixando refogar por uns instantes. Juntar água e sal qb. e deixar cozer em lume brando durante 15 minutos.

Tomate no forno:
Lavar bem os tomates e retirar a parte de cima, por forma a absorver mais tempero. Numa travessa colocar os tomates, temperar com sal fino, alho picado miudinho e óregãos. Regar generosamente com azeite. Levar ao forno (c.200ª durante 30 minutos). Para evitar que faça fumo, tape, sem fechar a travessa com papel de alumínio.

Para nós…uma delícia.

Para acompanhar, nesta altura do ano, sugiro uns belos morangos e um bom vinho tinto. 

Livro “A Chave”

Sinopse
Maria do Carmo Ferreira depara-se, acidentalmente, com um trabalho de investigação
histórica que a leva a viver um delicado enredo familiar e a acordar a sua consciência para uma realidade oposta à sua vida rotineira e confortável. Quando Letícia lhe diz "as coisas estão prestes a mudar. A Maria do Carmo está a viver um momento de esclarecimento. Não se esqueça que o mundo que pensamos que existe pode não ser bem aquilo que de facto é" e depois lhe pergunta "tem a certeza de que está acordada? Tem a certeza de que o seu sonho é mesmo um sonho?" Maria do Carmo sente a sua existência tremer e as suas certezas transformarem-se em dúvidas. A evolução da investigação histórica e a procura de uma resposta para os pesadelos que a atormentam todas as noites, transportam Maria do Carmo para uma viagem de descoberta e de esclarecimento sobre a sua própria existência, que lhe irá revelar uma realidade, para si, impensável.

Passatempo - 3* Aniversário d'O Tempo Entre os Meus Livros


Para todos vocês tenho duas semanas especiais! Tenho 15 LIVROS para sortear em passatempos múltiplos. Vão ser todos publicados a horas variáveis, no dia de aniversário do blogue -  28 de JUNHO. Estejam atentos para verem que livros tenho para oferecer...

Para concorrer basta enviar um email para otempoentreosmeuslivros@gmail.com
a partir das 8:00 do próximo dia 28 até ao final do dia 10 de Julho. Com o envio de apenas um email ficarão automaticamente inscritos para todos os 12 passatempos. Só têm de mencionar o vosso nick de seguidor do blogue e a vossa morada completa.

Só é permitido uma participação por pessoa/morada.Os vencedores serão contactados por email.

Tanto eu como as editoras não nos responsabilizamos por qualquer extravio dos livros aquando da sua remessa pelos CTT. Boa sorte!

Deixo aqui o meu agradecimento às editoras que colaboraram gentilmente comigo e que passo a citar:

Passatempo 1 - Editorial Presença - às 8horas
                            - Oferta de um livro

Passatempo 2 - Europa-América - às 9 horas
                            - Oferta de um livro

Passatempo 3 - Alfarroba - às 10 horas 
                             - Oferta de dois livros

Passatempo 4 - Esfera dos Livros - às 11 horas
                             - Oferta de um livro

Passatempo 5 - Topseller - às 12 horas
                            - Oferta de um livro

Passatempo 6 - Bizâncio - às 13 horas
                            - Oferta de um livro

Passatempo 7 - Quinta Essência - às 14 horas
                            - Oferta de um livro

Passatempo 8 - Edições Vieira da Silva - às 15 horas
                            - Oferta de dois livros

Passatempo 9 - Matéria-Prima - às 16 horas
                            - Oferta de um livro

Passatempo 10 - Chiado Editora - às 17 horas
                            - Oferta de um livro

Passatempo 11 - Planeta - às 18 horas
                            - Oferta de dois livros


Passatempo 12 - Alphabetum - às 19 horas
                            - Oferta de um livro

                   
Aproveitem e participem! Boa sorte!

terça-feira, 25 de junho de 2013

A Convidada Escolhe... A Viagem à Felicidade

Fui cativada pelas suas próprias palavras “há pouco mais de um século a esperança de vida na Europa era de trinta anos, igual à da Serra Leoa na actualidade: o suficiente para se aprender a sobreviver, com sorte e a realizar o propósito evolutivo da reprodução. Não havia futuro nem, portanto, possibilidade de imaginar um objectivo tão insuspeito como o de ser feliz” (p. 13).


Fiquei desperta, porque me pareceu, de imediato, diferente. Quando nos debruçamos sobre o tema de desenvolvimento pessoal e mais particularmente sobre a felicidade, as leituras mais acessíveis e habituais têm muito que ver com “coaching”. Eu procurava algo diferente. Sempre tive um apetite enorme pela compreensão da mente humana e era esse o caminho que queria percorrer. Queria procurar compreender como se processa a felicidade na mente humana. Qual a sua complexidade e quais as dimensões que toca, enfim, compreender o “organismo” da felicidade humana.

Foi com satisfação que com frases como “a felicidade é um estado emocional activado pelo sistema límbico, o qual, ao contrário do que muita gente crê, o cérebro consciente tem pouco a dizer” (p.17) me apercebi que tinha feito a compra certa.

Punset aborda o tema da felicidade com recurso às mais recentes descobertas científicas sobre o tema, propondo, com base nisso, uma fórmula para a felicidade.

Trata-se, primeiramente, de uma análise científica sobre o que nos une e distingue dos outros seres vivos. Reflecte, também, sobre o carácter transitório da felicidade, que diz ser uma emoção.

Penso que o facto de apresentar o tema de forma objectiva (no sentido científico – provas, testadas cientificamente) qualquer pessoa que se interesse por este tema específico ou sobre a complexidade humana no geral, sentirá uma enorme satisfação e reconhecerá que fornece bases sólidas e pouco habituais para se reflectir sobre o tema e as suas implicações sociais e humanas, quer enquanto indivíduo, quer enquanto grupo – comunidade.

Cláudia Santos

segunda-feira, 24 de junho de 2013

"Contracorpo" de Patrícia Reis


Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 216
Editor: Dom Quixote
ISBN: 9789722051651





Gosto de escrita da autora! intimista, clara e simples mas profunda. Consegue que os personagens principais, neste caso uma mãe e um filho adolescente, tenham um discurso próprio e se pareçam com alguém que conhecemos e amamos.

Gostei de ler este livro. Senti-me em casa. Desejei tê-lo escrito e algures, desejei pensar como Maria, a protagonista, quase sempre a narradora. O esforço que faz em querer (re)conhecer o filho leva-a a partir para uma viagem sem destino. A paisagem passa, como passam os dias, repentinamente e em silêncio. Tal como a capa deste livro. Perfeita!

Comunicando vão, aos poucos, mãe e filho. Devagar. Por tentativas. E gostam do silêncio e das palavras que proferem. O amanhã será diferente. Uma família que perdeu o pai mas que reencontrou, nas palavras, o amor.

Pedro, expõe-nos as suas dúvidas e as suas certezas quase nenhumas. Maria sai de si e entra no mundo do filho.

Um livro que se lê rapidamente mas que  é para se refletir lentamente. Recomendo porque gostei!

Terminado em 16 de Junho de 2013

Estrelas: 5*

Sinopse

Uma mulher fica viúva com dois filhos. Alguns anos depois da morte do marido, a vida não se refez e o filho mais velho, agora adolescente, cresce contra a mãe, num silêncio obstinado que só quebra nas histórias que se conta para adormecer e nos desenhos que faz de forma compulsiva. Com o anúncio do chumbo escolar, a mãe decide, sem grandes reflexões, fazer uma viagem com este filho, deixando o pequeno com os avós. Não se trata de uma viagem com destino, mas antes uma procura.
Contracorpo é um livro contra o silêncio e sobre o silêncio. É uma história de procura de identidades distintas - da mulher e do quase homem - e ainda de descobertas. Uma mãe nunca é o que se espera. Um filho é sempre uma surpresa. O encontro dá-se enquanto procuram caminhos, de Lisboa a Roma, num jogo de claro escuro. Como se tudo fosse uma imagem.

domingo, 23 de junho de 2013

Ao Domingo com... Inês Maia


Quando era pequena, tudo o que se passava à minha volta era pretexto para imaginar. A minha infância foi passada, na sua maioria, na casa dos meus avós sem companheiros da minha geração, pelo que esta era a minha maneira de conhecer outros mundos muito
diferentes daquele que eu habitava. O meu avô era o cúmplice mais assíduo dos meus devaneios, preparando todo o tipo de adereços e cenários para que eu pudesse representar o papel de princesa, veterinária, cavaleira… Púnhamos a minha avó doida com a desarrumação no quarto! Escusado será dizer que, para além de ajudar-me a concretizar as minhas fantasias, o meu avô lia-me muito, durante muitas horas. Foram anos a fio repletos das mais exuberantes histórias, por entre livros que, ao folhear, deixavam no ar o tão característico odor de uma obra que repousa na estante há muitos anos. O aroma da literatura intemporal. Apaixonei-me por esses momentos. Pela ânsia de descobrir mais, pelo nervosismo que antecedia o desvendar do enredo. Foi um amor de perdição, que ainda hoje se mantém. E é essa a verdade do amante de livros. Nunca deixaremos de procurar a sua companhia.

Aos quinze anos, e depois de muitos contos escritos, decidi que chegara a altura de embarcar num projecto mais ambicioso e daí surgiu o Desafio Celestial.  Um sábado vi-me perdida em reflexões e surgiu-me a seguinte questão: “Se Deus é o único ser perfeito, então como serão os anjos?”. A partir deste momento soube que queria explorar melhor o imaginário que diz respeito a estas criaturas e aproximá-las do ser humano comum. Acabei-o aos dezasseis e depois de o enviar para várias editoras, este foi publicado pela Editorial Presença em 2011.

Assim que o acabei soube que o imaginário que introduzi no primeiro livro, principalmente o seu lado mais negro, ainda podia ser mais trabalhado e, por isso, comecei a escrita do livro que agora apresento, Odisseia Celestial – Os orbes do conhecimento (2013), em E-Book. Infelizmente não o pude ver editado em papel, por enquanto, mas não podemos baixar os braços perante a adversidade. Por outro lado, preciso desta forma de terapia eufemizada que é a escrita, pois sinto uma grande necessidade de controlar o mundo à minha volta e na escrita posso fazê-lo sem restrições.

Se têm uma história que querem contar, façam-no. A escrita é um trabalho de paciência, com muita transpiração à mistura e com frutos que demoram muito tempo a nascer. É algo que um futuro autor tem de aceitar. Contudo, é um dos maiores prazeres da vida. É algo que nasceu de nós. São filhos feitos de palavras.

Inês Maia