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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um instante ao vento de André Brink



Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 272
Editor: Camões e Companhia
ISBN: 9789896372262

Começo pelo final do livro: gostei muito, reli-o mais duas vezes para o saborear, para o sentir melhor. Em seis pequenos parágrafos a continuação desta história, que bem podia ser verídica, faz-nos relembrar uma realidade, até há bem pouco tempo, presente em África: as pessoas de primeira categoria e as de segunda...

Fala-nos do estatuto da mulher face ao homem no séc. XVIII, da escravatura e da pertença de alguém a outra, de África e dos seus segredos, da revelação e da entrega entre dois seres, do auto-conhecimento, de sobrevivência...

O autor revela-nos o seu profundo conhecimento da África do Sul, fazendo-nos descobrir uma terra onde as plantas têm uma função essencial tanto na alimentação como na saúde; onde a sobrevivência está dependente do conhecimento, da sorte e de se ser o mais forte; onde as então tribos existentes coexistem com a natureza de uma forma equilibrada.

Escrito espectacularmente, cheio de termos desconhecidos para nós - mas tendo o cuidado de ter em rodapé o seu significado - este livro pede-nos a nossa atenção, sobretudo nas primeiras folhas, já que, parágrafo a parágrafo, o narrador muda e a acção altera do tempo presente para o passado. Nada que não nos habituemos... e que, com o decorrer da leitura, se torna algo de natural.

Terminado em 8 de Setembro de 2010

Estrelas:5*

Sinopse



Uma mulher branca e um homem negro perdidos na selva do interior sul-africano. Ela é uma mulher educada e totalmente indefesa no meio da selva; ele é um escravo foragido, o elemento mais baixo aos olhos da sociedade do século XVIII. Ambos se conhecem apenas a si mesmos… e vão percorrer um longo caminho de regresso à civilização.





“Os escritores e intelectuais da nossa sociedade foram elementos-chave para enfrentar e quebrar a tirania do silêncio. As suas obras continuaram a demonstrar, mesmo nos anos mais negros, que as vozes sul-africanas da justiça e razão não seriam silenciadas.”
Nelson Mandela

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